Homem de Ferro (2008)

Robert Downey Jr. é um gênio. Simplesmente fantástico. Por mais que "Homem de Ferro" seja bem produzido, tenha efeitos impecáveis, é o ex-senhor-encrenca que faz do filme simplesmente imperdível. O toque de humor ácido do personagem não se difere muito da personalidade de Downey. Parece até que ele brinca em cena consigo mesmo e com o papel grandioso que tem em mãos.

Nunca fui muito de torcer para os heróis derrotarem os bandidos e pronto. Acho tudo tão insuficiente que meus heróis de infância foram outros, nenhum ligados a super-poderes. O que Tony Stark e seu Homem de Ferro tem que encanta é a história de um cara comum, bebum, galinha e hiper-sarcástico que encontramos nas esquinas da vida. Com a tecnologia e sabedoria humana, ele constrói uma armadura (que até os seres divinos teriam dificuldade de construir) para destruir todas as armas que sua empresa criou para a destruição.

De alguma forma incrível, Tony Stark é palpável. Ele não foi para outro planeta ser contaminado ou muito menos voa com uma capa estilosa. Ele tem sim um melhor amigo, um interesse romântico, poderes de fogo e tudo mais, mas Downey Jr. vê os clichês como uma forma de usar contra ele mesmo. Em um determinado momento da trama, ele diz para Pepper Potts que, como super-herói, precisa ter uma namorada. Ele brinca com as possibilidades de uma trama comum que é reinventada para atrair os velhos e novos fãs para uma franquia certamente grandiosa.

"Homem de Ferro" é gostoso de assistir e deve ser conferido mais de uma vez. Inclusive, não esqueçam de ficar até os créditos acabarem, pois o arrepio vem quando a certeza de um crossover da Marvel Studios é mostrada. A crítica completa do filme pode ser conferida aqui.