18º Cine Ceará (I)

A intenção era escrever ao fim de cada dia do Cine Ceará, mas a falta de tempo me incomoda. Já se passaram três dias de festival que, por sinal, está com uma vibe bem diferente do usual Este é o terceiro ano que eu faço a cobertura para o CCR, e não sei se é porque decidimos ser mais lights com a dedicação ao festival que essa visão de que o evento não está fervendo me incomodou durante esses dias.

A quinta-feira, 10, foi a abertura. O público escasso me assustou assim que eu desci do táxi. Por ser uma sessão somente para convidados, talvez justificasse as poucas pessoas que transitaram pelo Cine São Luiz. Na ocasião, a abertura melódica de sempre, com a graciosidade e simpatia da minha querida Maria Fernanda. Um curta de Fernando Birri foi exibido e entediou boa parte dos presentes. Documentário inspirado em slides praticamente forçou o público a ficar na sala.

Logo em seguida, a exibição de "Minha Vida Não Cabe Num Opala" até me chamou atenção, mas o ar condicionado defeituoso do Cine me deixou incomodado e preferi ficar na praça com meus vícios fumantes e etílicos. Aliás, foi na praça que aconteceu a melhor coisa até agora deste Cine Ceará... mas isso é particular e esse blog não é diário eletrônico. Depois, a festa usual para a imprensa e convidados rolou, por mais que abafassem que rolaria. Vale ressaltar que tinha mais gente na festa do que na própria cerimônia de abertura do Cine Ceará. Até que foi boa, mas o chop tava aguado.

Na sexta-feira, 11, a alteração em público foi pouca. O primeiro longa da noite foi "Circunstancias Especiales", um documentário sobre um ex-exilado do Chile que decide procurar os responsáveis pelas torturas e sentença de 1970 e tantos. Uma temática importante na política latino-americana, porém com um quê de pessoalidade que me passou prepotência. Para ganhar a noite, veio "Vete de mí", um longa espanhol simplesmente delicioso de assistir.

O sábado, 12, reuniu mais gente. A mostra competitiva de curtas começou cedinho, mas nem pude estar presente. Cheguei para conferir os dois longas, um em competição e o outro em premiére. "Postales de Leningrado" é maravilhoso e meu preferido até agora para as categorias de melhor direção e fotografia. Belíssimo e especial, o filme conta de forma cativante e poética a visão de uma menina sobre a época em que os pais eram militantes de uma guerra.

Ao fim da noite, a beleza e charme de Patrícia Pillar mexeu com a imprensa e com o público. A atriz veio lançar seu documentário sobre o cantor Waldick Soriano, um dos maiores nomes da música "brega" do país. Patrícia é um amor e passa esse sentimento na obra. Ela é sensível e registra com belas imagens a vida de um cantor que entrou para a história eterna da música popular brasileira.

A realidade é que eu espero que o festival melhore de público, pois as chances de ver filmes ibero-americanos de qualidade em circuito nacional são praticamente zero. E que mais momentos pessoais na praça venham! (eu dormi na praça.. pensando nel....)

2 comentários:

  Flaveetcho

13 de abril de 2008 às 15:14

"Aliás, foi na praça que aconteceu a melhor coisa até agora deste Cine Ceará..." Adoora deixar a galera curiosa. =p


Sim... por aqui tudo bem, moço.
E outra coisa, uma hora cansa mesmo.

=D

  Anônimo

18 de abril de 2008 às 00:07

Fala Diego!! Vim aqui para lhe convidar a dar uma visitada lá no meu novo blorgh!! hehehe...vou colocar o link do seu lá! Abraçoss