Eu Sou a Lenda (2007)

Estava eu em mais uma sexta-feira de estréias no UCI e, após determinações, eu iria fazer a crítica de "Os Seis Signos da Luz", um filme de fantasia na linha de "Harry Potter". Entretanto, às 16h30 subo eu para a sessão e adivinhem! Foi cancelada. Assim, sem mais nem menos, porque não haviam testado a película antes para ver se estava ok, e o filme foi cancelado naquele dia justamente porque nem eles sabiam se o problema era na cópia ou no projetor. Diego se estressa um pouco, não pela vontade de ver o filme, mas porque o CCR ia ficar sem crítica dele.

De qualquer forma, a moça super simpática (nessas horas todo mundo fica simpático e atencioso com o cliente) pergunta se teria outro filme que eu queria ver. "É né?", eu respondo. Como duas amigas iam ver "Eu Sou a Lenda" de 16h50, troco para essa sessão. Lá fui eu assistir ao filme do Will Smith, que o fez até vir ao Brasil para ser um estouro em bilheteria. Beleza. Trailers ótimos, incluindo de "Speed Racer" (Susan Sarandon!! *grita*) e "Batman - O Cavaleiro das Trevas". Aí o filme começa. Ao meu lado, senta um pessoal que devia ser a primeira vez que ia ao cinema. Tiraram fotos e conversaram bastante. Ok.

O filme começa e eu até decido prestar mesmo atenção. Sou do tipo que quando planeja algo, gosta de fazer aquele algo. Se fica impossível de fazer, eu prefiro não fazer nada mais. Fico com uma vibe de insatisfação e inabilidade de substituir o que não foi feito. No caso, eu fui para ver o outro filme e teria ficado p* em estar vendo outro no lugar. Mas mesmo assim, pela badalação do filme eu fiquei receptivo.

"Eu Sou a Lenda" não é ruim, mas também não é isso tudo que estão dizendo. Sei lá, acho que faltou sal mesmo. Até o segundo ato do filme a maioria das coisas é interessante, mas depois ele se perde. Will Smith foi competente o bastante para segurar o filme todo nas costas e protagonizou cenas realmente perturbadoras (vide a primeira aparição dos vampiros). Mas e aí? O filme segue um caminho totalmente inútil. O personagem de Smith fica tão acessível ao público que o desfecho criado para ele fica sem noção e ainda é pseudo-sustentado pelo personagem de Alice Braga. Ela é talentosíssima, mas o roteiro a coloca em um papel pouco crível.

Outra: que vampiroszinhos sem futuro hein? Gente, por favor. Não é porque a computação gráfica está avançada que tudo deve ser feito com ela. Tecnologia ainda não é sinônimo de perfeição e seria muito mais adequado maquiar atores reais para ter um resultado melhor. Em contrapartida, vários efeitos e nuances que são adotados são eficazes, e a relação de Smith com a cadelinha Sam e o desgaste psicológico dele causado pela solidão são bem empregados. Pena que quando um roteiro não sabe como terminar uma história se apóie em estratégias desesperadoras.

Esse vai ser mais um filme que metade das pessoas vai gostar e a outra metade vai achar descartável. Não vá esperando muita coisa não! Ao fim da sessão, escutei um comentário vindo da poltrona da frente: "que merda, cara!" Pois é, cara!

1 comentários:

  Carlos - HP

23 de fevereiro de 2008 às 20:15

kkkkkkkkkkk diego tu é ilárioo